O tratamento cirúrgico é, sem dúvida, a principal abordagem terapêutica para o câncer de bexiga, especialmente nos estágios iniciais. Em primeiro lugar, a escolha do procedimento depende do estágio e da agressividade do tumor. Os tratamentos cirúrgicos mais comuns incluem:
1. Ressecção Transuretral de Tumor de Bexiga (RTU)
A RTU é o tratamento cirúrgico mais comum para tumores de bexiga não invasivos. Este procedimento é realizado através da uretra, utilizando um ressectoscópio – um instrumento equipado com uma câmera e uma alça de corte elétrica.
- Procedimento: O cirurgião insere o ressectoscópio pela uretra até a bexiga. Em seguida, a alça de corte é usada para remover o tumor e um fragmento da parede da bexiga para análise patológica.
- Vantagens: A RTU é minimamente invasiva, geralmente realizada sob anestesia local ou geral, e por fim permite uma recuperação rápida.
- Desvantagens: Pode ser necessária a repetição do procedimento se o tumor recidivar.
2. Cistectomia Parcial
A cistectomia parcial envolve a remoção de uma parte da bexiga que contém o tumor, preservando assim o restante do órgão. Indica-se este procedimento para tumores invasivos limitados a uma área específica da bexiga.
- Procedimento: O cirurgião remove a porção da bexiga afetada pelo tumor e, posteriormente, reconstrói a bexiga remanescente.
- Vantagens: Permite a preservação da bexiga e a função urinária normal.
- Desvantagens: Os médicos indicam apenas para tumores localizados e avaliam cuidadosamente a extensão do tumor.
3. Cistectomia Radical
A cistectomia radical é a remoção completa da bexiga e é indicada para tumores invasivos que envolvem uma grande parte do órgão ou que não podem ser removidos com segurança por métodos menos invasivos. Acompanhe aqui sobre a segurança da cirurgia Robótica.
- Procedimento: O cirurgião pode remover outros órgãos próximos, como a próstata em homens ou o útero em mulheres, junto com os linfonodos pélvicos. Após a remoção da bexiga, é necessário criar uma nova via para a eliminação da urina, como a construção de uma neobexiga a partir de uma porção do intestino ou a criação de um estoma urinário.
- Vantagens: Oferece portanto, a melhor chance de cura para tumores invasivos e localmente avançados.
- Desvantagens: É uma cirurgia maior com um período de recuperação mais longo e pode impactar significativamente a qualidade de vida.
4. Terapias Adjuvantes e Neoadjuvantes
Além dos tratamentos cirúrgicos, os médicos podem recomendar terapias adicionais para aumentar a eficácia do tratamento e reduzir o risco de recidiva:
- Quimioterapia Neoadjuvante: Administrada antes da cirurgia para reduzir o tamanho do tumor e facilitar sua remoção.
- Quimioterapia Adjuvante: Administrada após a cirurgia para eliminar células cancerosas remanescentes e por fim, reduzir o risco de recidiva.
- Imunoterapia: Utiliza o sistema imunológico do corpo para combater o câncer, como a instilação de BCG (Bacillus Calmette-Guérin) na bexiga para tratar tumores superficiais.
Conclusão
Os tumores de bexiga são uma condição complexa que exige um diagnóstico precoce e uma abordagem terapêutica bem planejada. Portanto compreender como esses tumores se desenvolvem e os tratamentos cirúrgicos disponíveis é crucial para pacientes e profissionais de saúde. A ressecção transuretral, a cistectomia parcial e a cistectomia radical são os principais tratamentos cirúrgicos, cada um com suas indicações específicas, vantagens e desvantagens.
O acompanhamento médico regular e juntamente com a adesão ao tratamento são essenciais para aumentar as chances de sucesso e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Enfim se você ou alguém que você conhece está enfrentando o câncer de bexiga, Agende sua consulta para discutirmos as opções de tratamento mais adequadas.
